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O TCU identificou irregularidades no programa Pé-de-Meia e bloqueou R$ 6 bilhões; a AGU está recorrendo da decisão.

  • Foto do escritor: Wallaks Alves
    Wallaks Alves
  • 23 de jan.
  • 3 min de leitura

Órgão pede a suspensão imediata da decisão, já que medida impede Ministério da Educação (MEC) de destinar R$ 6 bilhões aos estudantes do ensino médio. Por Extra — Rio de Janeiro


O ministro da Educação, Camilo Santana. Foto: Angelo Miguel/MEC.
O ministro da Educação, Camilo Santana. Foto: Angelo Miguel/MEC.

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão que bloqueou o uso de recursos para financiamento do programa Pé-de-Meia — incentivo dado pelo governo federal a estudantes de baixa renda matriculados no ensino médio da rede pública e inscritos do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O bloqueio foi referendado pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira (dia 22).


O prédio da AGU em Brasília — Foto: Arquivo
O prédio da AGU em Brasília — Foto: Arquivo

A AGU pede a suspensão imediata da decisão, já que a medida impede o Ministério da Educação (MEC) de destinar recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) para o programa estudantil.


O argumento da Advocacia-Geral da União é que não há ilegalidade na transferência de verbas e que o bloqueio do dinheiro pode inviabilizar a continuidade do programa, cujo objetivo é evitar a evasão escolar. A alegação é que bloqueio de mais de R$ 6 bilhões causará transtornos irreparáveis.

Se a decisão do TCU não for modificada, no entanto, a AGU solicita que seus efeitos ocorram somente em 2026. Neste caso, pede ainda um prazo de 120 dias para que o governo elabore um plano para cumprimento da decisão, sem prejuízo para o programa e os estudantes.


O programa


O Pé-de-Meia beneficia 3,95 milhões de estudantes no Brasil, incluindo matriculados no ensino médio regular e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo do governo é democratizar o acesso à Educação e reduzir a desigualdade social entre os jovens, além de promover mais inclusão social, estimulando a mobilidade social. 

Os estados, o Distrito Federal e os municípios prestam as informações sobre os alunos matriculados nas respectivas redes públicas de ensino.

Se o estudante contemplado for menor de idade,  o responsável legal deve autorizar a movimentação da conta pelo estudante. Esse consentimento pode ser feito em uma agência da Caixa ou pelo próprio aplicativo Caixa Tem. Se o aluno tiver  18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para saque.


Entenda os valores


Estudantes enquadrados no programa receberão parcelas mensais de R$ 200. Em 2024, o pagamento do incentivo de frequência será feito em oito parcelas mensais, num total de R$ 1.600. Nos próximos anos, serão R$ 1.800, em nove parcelas de R$ 200. Para isso, o estudante precisa ter frequência mínima mensal de 80% das horas letivas ou média de frequência de 80% das horas letivas no ano.

Além da ajuda mensal, no entanto, há outros incentivos no programa. Somando tudo, os valores poderão chegar a R$ 9.200 por aluno em três anos de curso. Veja:


  • Incentivo de matrícula - O benefício pago por matrícula no ensino médio é de R$ 200.

  • Conclusão - O incentivo é de R$ 1 mil na conclusão de cada ano letivo do ensino médio. O valor relativo a 2024 será pago em parcela única entre 24 de fevereiro e 3 de março de 2025. Para recebê-lo, o aluno precisa concluir a série em que está matriculado com aprovação e, quando for o caso, com participação nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) ou nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos estados ou dos municípios.

  • Enem - Alunos do 3º ano do ensino médio que se inscreverem e participar dos dois dias de aplicação do Enem terão direito a R$ 200 adicionais.


Quem pode receber


Para receber todas as parcelas da poupança, o estudantes precisarão atender a algumas exigências:


  • Ter uma frequência escolar mínima de 80% do total de horas letivas

  • Matricular-se no início de cada ano letivo

  • Ser aprovado no fim do ano letivo

  • Participar nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e, quando houver, nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos entes federativos para o ensino médio

  • Participar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para aqueles que frequentam o último ano letivo do ensino médio público

  • Participar no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), para os estudantes da EJA


 
 
 

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